Cláudia Feitosa, uma neurocientista brasileira percorreu em bicicleta, no final de agosto, o Caminho da Geira Romana e dos Arrieiros, que liga Braga a Santiago de Compostela, promete voltar para fazer o traçado completo a pé.
Ela foi a primeira brasileira a fazer o caminho da Geira e dos Arrieiros.
No regresso do Caminho Central Português de Santiago, Cláudia Feitosa-Santana, de 48 anos, decidiu fazer parte do novo traçado que liga as capitais do Minho e da Galiza, na distância de 240 quilómetros.
“É um caminho maravilhoso, muito mais do que o português por Valença e Tui”, destaca.
Por isso, a peregrina, que vive em São Paulo, quer fazer o Caminho da Geira Romana e dos Arrieiros “na integra a pé, porque tem partes muito difícil de fazer de bicicleta”. Aliás, esta circunstância obrigou-a a seguir muitas vezes “por estradinhas alternativas”.
Entre 16 e 26 de agosto, Cláudia Feitosa-Santana – também licenciada em arquitetura, urbanismo e engenharia civil, e pós-doutorada em neurociência e comportamento – passou por localidades do traçado a propor para homologação como Codeseda, Soutelo de Montes, Pazos de Arenteiro, Cortegada, Castro Laboreiro, Portela do Homem e Braga.
Entre Pazos de Arenteiro e Cortegada “foi impossível seguir o traçado do caminho, por que tem muitas subidas. É muito difícil de fazer de bicicleta” e até Castro Laboreiro – “o dia mais difícil de todos” – fez um “misto de estrada e caminho”.
Cláudia Feitosa-Santana percorreu o caminho de Santiago pela primeira vez, a pé, em 2000 e regressou agora, mas de bicicleta. “Entre fazer a pé e de bicicleta foram 18 anos. É muito tempo e não consigo comparar. São muito diferentes”, diz a peregrina, que tem “uma relação especial com Santiago e com os caminhos”.